Você sabia que uma microbiota não saudável pode atuar sobre o ganho de peso?
Já há algum tempo tem se falado nesse assunto e
ano passado, no II Curso de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas de São Paulo, uma das palestras que mais chamou atenção foi a que abordou o tema : OBESIDADE X MACROBIOTA. Por que esse interesse? Bem, o assunto que vem recebendo muita atenção em congressos mundiais de Nutrologia e Nutrição, devido a associação que tem feito alguns estudos científicos da microbiota intestinal ao estado inflamatório que ocorre na obesidade. E como a obesidade é uma grande preocupação mundial, visto que tem aumentado significativamente, independente da cultura a que o indivíduo esteja integrado, a associação dela à microbiota é, no mínimo, intrigante.
Já há algum tempo tem se falado nesse assunto e
ano passado, no II Curso de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas de São Paulo, uma das palestras que mais chamou atenção foi a que abordou o tema : OBESIDADE X MACROBIOTA. Por que esse interesse? Bem, o assunto que vem recebendo muita atenção em congressos mundiais de Nutrologia e Nutrição, devido a associação que tem feito alguns estudos científicos da microbiota intestinal ao estado inflamatório que ocorre na obesidade. E como a obesidade é uma grande preocupação mundial, visto que tem aumentado significativamente, independente da cultura a que o indivíduo esteja integrado, a associação dela à microbiota é, no mínimo, intrigante.
Também se parte da premissa de que diversos procedimentos para se tratar a obesidade podem ter respostas diferentes mesmo em indivíduos com características física e culturais semelhantes. Isso sugere que outros mecanismos que não relacionados ao genoma humano estejam envolvidos na patologia da
obesidade.
Mas, existe alguma relação a obesidade com a microbiota intestinal ?
A microbiota intestinal, também conhecida por flora intestinal, abriga de 10 a 100 trilhões de microorganismos, e seu maior número se encontra no cólon.
A função da microbiota intestinal, além de auxiliar o processo da digestão de alimentos e monitorar o crescimento de bactérias patogênicas, é o de propiciar força para o organismo estocar energia nas células . Em adultos saudáveis , 80% da microbiota fecal identificada pode ser classificada em 3 filotipos (espécies de microorganismos) dominantes : Bacteroidetes, Firmicutes e Actinobacteria.
Mas, existe alguma relação a obesidade com a microbiota intestinal ?
A microbiota intestinal, também conhecida por flora intestinal, abriga de 10 a 100 trilhões de microorganismos, e seu maior número se encontra no cólon.
A função da microbiota intestinal, além de auxiliar o processo da digestão de alimentos e monitorar o crescimento de bactérias patogênicas, é o de propiciar força para o organismo estocar energia nas células . Em adultos saudáveis , 80% da microbiota fecal identificada pode ser classificada em 3 filotipos (espécies de microorganismos) dominantes : Bacteroidetes, Firmicutes e Actinobacteria.
Figura 3 |
Uma evidência laboratorial obtida pela Universidade de Washington - USA, mostrou
que a composição da microbiota pode ser diferente em humanos magros e obesos e isso reforça a hipótese da influência da microbiota na fisiopatologia da obesidade. Os últimos resultados da pesquisa na mesma universidade americana indicaram que um simples desequilíbrio entre as populações de algumas bactérias intestinais pode causar obesidade. E essa constatação foi reforçada pela diferença percebida entre a microbiota de humanos obesos e magros, uma vez que a absorção de alimentos varia de acordo com a microbiota de cada indivíduo, e ela pode determinar a quantidade de calorias armazenada, o que nos leva a crer que há variação de pessoa para pessoa nessa armazenagem.
Para confirmar se havia mesmo algum elo entre essas taxas discrepantes e o excesso de peso, os voluntários obesos foram submetidos a uma dieta hipocalórica e como resultado perderam em torno de 25% da massa corpórea e tiveram a quantidade de firmicutes diminuídas e de bateroidetes aumentadas - aproximando-os dos dados do grupo de magros. Ainda dentro dessa pesquisa americana, verificou-se num comparativo feito com 12 voluntários obesos contra outros cinco magros cuja maioria das bactérias presentes nas amostras de ambos os grupos era de firmicutes e bacteroidetes, porém, nos obesos a quantidade de firmicutes foi 20% superior do que nos voluntários magros e 90% a menos de bacteoidetes também em relação a eles.
Lactobacillus acidophilus |
No caso da ingestão de fibras dietéticas, não fermentáveis não tem a mesma eficácia dos probióticos, sendo atribuídos apenas às fibras prebióticas.
Após esses estudos, podemos dizer que a relação entre OBESIDADE X MACROBIOTA está cada vez mais clara, mas existem mecanismos a serem esclarecidos e estudos suplementares são necessários para comprovação do efeito dos pró/prebióticos . O principal desafio, atualmente, está em identificar bactérias benéficas que ajudem no controle da obesidade e desordens metabólicas relacionadas.
A Moryba disponibiliza o trabalho "Microbiota Intestinal e sua Possível Relação com a Obesidade" Nutr. Alessandra Rodrigues na página Trabalhos Científicos desse blog (http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8068440953965015579#editor/target=page;pageID=6826226877663211887) Trabalho 7.
Equipe Moryba
Fonte:
1) Microbiota Intestinal e sua Possível Relação com a Obesidade
Alessandra Rodrigues – Nutricionista, especialista em
nutrição clínica pelo GANEP; Mestre em ciências da saúde pela FMUSP e
nutricionista colaboradora do grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HC/FMUSP
. Revista Abeso,ano XI,número
53,pág.5-7,outubro de 2011.
5) The Firmicutes / Bacteroidetes ratio of the human microbiota changes with age - D.Maria, O Firmesse, F Levenez, VD Guimarães, Soko, J.Dore, G Corthier and J-P Furet, BMC Microbiology, 2009, 9:123 do 10.1186/1471-2180-9-123
6) figura 3 : http://www.gordinhosoperados.com.br/bacterias-engordam/
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário