quinta-feira, 31 de março de 2011

Dia Nacional da Saúde e Nutrição

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     No dia 31 de março comemoramos o Dia Nacional da Saúde e Nutrição e, mais do que celebrar apenas uma data da área da saúde, devemos, neste dia, refletir sobre o que efetivamente temos feito com nossa saúde e alimentação.
    É visível a todos o aumento do sobrepeso e obesidade no mundo, ocasionado pelo aumento do consumo de alimentos industrializados, com baixo valor nutricional, juntamente com a diminuição da prática de atividades físicas.
     Dados da POF 2008-2009 indicam que, ao longo dos anos, o Brasil vem sofrendo uma transição nutricional intensa, deixando para trás o déficit de peso e alcançando maiores índices de sobrepeso e obesidade a cada ano. Veja alguns dados:
  • Comparando-se os resultados da primeira POF, de 1974-1975, com os dados mais recentes da POF 2008-2009, observamos um declínio dos índices de déficit de peso e aumento do sobrepeso e obesidade em todas as faixas hetárias.
  • Entre as crianças de 5 a 9 anos, de 1974-1975 para 2008-2009, a porcentagem de déficit de peso entre os meninos caiu de 5,7 para 4,3, enquanto que o excesso de peso e obesidade, juntos, passaram de 13,8% para 51,4%. Já entre as meninas, o déficit de peso passou de 5,4% para 3,9% e o excesso de peso e obesidade aumentou de 10,4% para 43,8%.
  • Entre os adolescentes, a situação não é muito melhor. Em 1974-1975, 3,1% da população masculina apresentava excesso de peso e obesidade, atualmente, esse número subiu para 27,6% em 2008-2009. Entre as meninas, esses números passaram de 8,3% para 23,4.
  • Para a população acima de 20 anos, os dados da POF 2008-2009 são ainda mais significativos, já que hoje 62,5% dos homens e 64,9% das mulheres apresentam excesso de peso e obesidade contra 21,3% e 36,7%, respectivamente, da pesquisa de 1974-1975.
     Outra questão importante é a exposição a junk foods que sofremos, todos os dias somos bombardeados por propagandas de alimentos altamente calóricos, com alto teor de gordura, açúcar e sódio, cuja praticidade e sabor são seus maiores atrativos. As crianças são as maiores vítimas, já que são mais facilmente persuadidas, principalmente pelo fato de que a maioria dos produtos destinados a elas vêm acompanhados de brindes dos seus personagens preferidos.
     Não podemos esquecer ainda que a cada dia levamos uma vida mais sedentária. São mais horas dentro de carros, na frente da TV ou computador e menos tempo caminhando ou realizando atividades que aumentam nosso gasto energético.
     Todos esses fatores contribuem de maneira significativa para o aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que incluem dislipidemias (hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia), alterações glicêmicas (diabetes, resistência a insulina) e hipertensão arterial, doenças que aumentam o risco de morte da população. O número de pessoas que sofrem com essas doenças cresce a cada ano, o que tem sido um grande problema de saúde pública, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
     Todavia problemas não acabam por aí. Concomitantemente a tudo isso, ainda enfrentamos o problema de desnutrição e desperdício de alimentos, sendo este um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões, sobretudo no intuito de encontrar maneiras de conscientizar a população sobre a importância do aproveitamento integral dos alimentos.
     Muitas são as questões que envolvem saúde e nutrição, e diante de tantos fatores, devemos aproveitar o dia de hoje para analisar qual está sendo nossa contribuição para mais saudável e mais bem nutrida. Quais são as escolhas que fazemos para nossa vida? De que maneira influenciamos na saúde e boa nutrição de nossos entes mais próximos?
     Você Nutricionista ou Profissional da Saúde, incentive bons hábitos alimentares, dê o exemplo. E se você não é da área da saúde, veja quais são as mudanças que você precisa fazer para levar uma vida mais saudável e feliz.

Um abraço
Equipe Moryba

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