segunda-feira, 9 de maio de 2011

Diabetes mellitus

     O Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica cuja prevalência cresce a cada ano. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, em 2002, havia no mundo cerca de 173 milhões de adultos com DM, enquanto que no Brasil, estima-se que tal prevalência chegou a 8 milhões em 2005.
     Mais comum em adultos, o DM normalmente está relacionado a outras doenças crônicas, tais como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemias (alterações do colesterol) e, estando intimamente ligado às doenças cardiovasculares, sugere-se que cerca de 4 milhões de mortes anuais estejam relacionadas à presença dessa doença.
     Infelizmente, nota-se um grande avanço da prevalência de DM também entre os jovens, em decorrência do estilo de vida levado atualmente. Sem dúvidas, ter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física são ações determinantes para a prevenção desta doença.

O que é Diabetes mellitus?

     Diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada por um grupo de alterações metabólicas que resultam em hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), que pode ser resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos.
     Todas as células do nosso corpo precisam receber glicose (açúcar) para que trabalhem adequadamente e a insulina é o hormônio responsável por transportar a glicose do sangue para o interior das células. O DM é classificado em DM tipo 1 ou DM tipo 2.

- Diabetes mellitus tipo 1 – representa de 5% a 10% do total de casos de DM, sendo geralmente diagnosticado em crianças e adolescentes. O DM tipo 1 é considero como uma doença auto-imune, já que ocorre uma destruição das células pancreáticas responsáveis por produzir e secretar insulina, hormônio que, então, deixa de existir no organismo.

- Diabetes mellitus tipo 2 – é a forma mais comum, presente em 90% a 95% dos casos, e caracteriza-se por defeitos na ação e/ou na secreção da insulina. É o caso de DM relacionado a sobrepeso e obesidade, sendo mais comum após os 40 anos, embora a prevalência venha aumentando nos jovens, como já foi dito, em decorrência do sedentarismo e má alimentação.

Como é feito o diagnóstico de DM?

     O diagnóstido de DM muitas vezes é tardio, e geralmente acontece quando a doença já está bem avançada, uma vez que os sintomas são discretos. Por isso, realizar exames de rotina ainda é a melhor opção para um diagnóstico precoce de DM.
     Esse diagnóstico é feito através de exame que dosa a glicemia sanguínea. Muitos métodos podem ser utilizados, porém o mais comum é a glicemia de jejum. Se o resultado da glicemia for maior ou igual a 126 mg/dl a pessoa recebe o diagnóstico de DM, caso o valor fique entre 100 – 125mg/dl, a pessoa é considerada pré-diabética e medidas de mudanças do estilo de vida devem ser implementadas a fim de evitar a instalação da doença. Outros sintomas como poliúria (aumento na produção/eliminação de urina), polidipsia (aumento da sede) e perda de peso rápida também contribuem para o diagnóstico da doença.

O tratamento do DM

     O tratamento do DM pode ser medicamentoso e/ou de mudança de estilo de vida, e a escolha e/ou associação dos tratamentos dependerrão do tipo e estado da doença.
     No caso do DM tipo 1, quando não há produção de insulina, há a necessidade de utilizar insulina sintética, cuja quantidade a ser utilizada dependerá da conduta médica frente ao estado clínico do paciente. Essa insulina sintética vai exercer o papel da insulina endógena (produzida pelo organismo), otimizando a utilização da glicose pelas células.
     Já no caso do DM tipo 2, utiliza-se medicamentos conhecidos como antidiabéticos orais, cuja função é normalizar a glicemia sanguínea através de vários mecanismos, que não convém serem explicados agora.
     No entanto, além da utilização da terapia medicamentosa ideal, um fator relevante no tratamento da DM é a mudança do estilo de vida, que muitas vezes chega, até mesmo, a substituir a terapia medicamentosa. Sem dúvidas, a pessoa que recebe o diagnóstico de diabetes mellitus será obrigada a sofrer uma série de mudanças imposta pela doença, principalmente com relação à alimentação, porém, mesmo que não houvesse essa obrigatoriedade, mudar os hábitos alimentares e começar a praticar atividade física são fatores fundamentais para evitar as complicações da doença.
     A atividade física deve ser regular e feita sob acompanhamento do médico e/ou educador físico, que saberá a intensidade e tipo de exercício mais recomendado. Muitos estudos comprovam que praticar atividade física melhora a utilização da glicose pelo organismo, o que contribui para o controle da glicemia e prevenção das complicações.
     Já a alimentação deve ser corrigida de maneira que forneça quantidade adequada de carboidratos, sem que os níveis de glicemia se tornem muito alterados, mas isso é assunto para o próximo post...

(Continua)

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes


Um abraço
Equipe Moryba

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